De volta do Alive

Ainda estou a tentar voltar à realidade do costume, depois de tanta magia custa.
Custa descrever tudo porque, além de demorar muito tempo, iria sempre ficar coisas de fora e era injusto. Mas foi basicamente isto:



Dia 8: Alice in Chains e Faith no More era o que interessava. Vi Local Natives, Drums e Devendra no secundário e depois andei a pessear. Devendra admito que me tenha desiludido bastante, aliás, até perguntei às pessoas que estavam comigo se aquilo era mesmo o moço, já que todo o visual freak tinha desaparecido! Depois de uns dos melhores concertos da minha vida - Alice in Chains (quase apanhei palheta e quase caíram lágrimas na rooster) - lá fui ver um bocado de xx. Aquilo tem a sua piada, mas talvez porque vi demasiado lá no fundo (já fora da tenda) passou-me um bocado ao lado. Para fechar a noite, outro dos melhores da minha vida - Faith No More - concerto esse que ainda nem acredito que vi. "Porra, Cárálho" foi a expressão do dia e talvez de todo o festival. Para além desses dois concertos ficará na memória o convivo pré-festival, coisa que ficou dos dias todos, alguns claramente mais especiais que outros (E CAMISOLAS SUJAS DE KETCHUP, NÃO É MENINA JOANA?).


Dia 9: Este dia foi mais o dia da conversação (não, não foi no msn). Foi mais o dia de conhecer e falar com pessoas em acções que devem meter inveja a alguns. Um dia em que conhecemos muita gente cujo apelido é Dos Idolos. A começar pela Inês, a Mariana e outra moça que não me recordo do nome. Isto de falar com a Inês foi resultado do álcool de uns, diga-se. Foi surpreendentemente bastante simpática connosco, mas acho que o pedido de amizade no facebook vai ficar em espera outra vez :aw: .

Já dentro do recinto, o concerto que interessava era mesmo o de PAUS (sim, já sei que os posso ver em todo o lado, mas a culpa é a optimus que neste dia o cartaz era tudo merda e a banda que mais tinha curiosidade era mesmo essa). Foi um concerto do outro mundo, diga-se. Foi a única vez que pisei o palco Clubbing. Muita energia mesmo na banda, Makoto a fazer crowdsurf e tude. Mas o melhor ficou no fim, quando estive a falar com o Kalaf dos Buraka, o Makoto, o Hélio, o Albergaria, o BB dos Men Eater e o Geraldes dos Linda Martine (Geraldes este, muito rei, a enrolar alte charro enquanto falava connosco). Isto foi talvez do mais gratificante desse dia.

De resto, que me lembre, vi Gossip lá tráj (muita energia, felizmente, pena ter visto do mesmo lugar que xx) e de inteiro mais nada, uma espreitadela em Deftones, uma espreitadela em Bloody Beetroots e em mais um ou outro concerto que já nem me lembro. Piada teve estar à conversa com a Beth Ditto e com as moças dos New Young Pony Club e dizer a todas elas "Your show was tudo merda" e mesmo assim não terem cagado em nós.

Dia 10: Neste dia o que interessa é dizer que vi Pearl Jam. Nada mais interessa em termos de festival em si. Companhia linda para umas horas de seca até o grande objectivo de vida chegar - ver a banda ao vive. Estive a cagar-me para os seguintes concertos: Gomez, Dropkick Murphys, Gogol Bordello (vá, nestes últimos caguei menos). Chega Pearl Jam, chega-me a emoção à garganta, da garganta aos olhos e como eu, quem estava à minha volta. Gritei como nunca tinha gritado na vida, chorei como nunca chorei na vida, vi-me a tremer de tanto que gritava, parecia obrigatório mandar as letras para fora, sentir o momento e ser feliz por momentos. Ficou a faltar musicas (era impossível que não ficasse, não é?), houve outras que podiam não ter tocado e depois há a Lukin, que ao vivo nem 1 min tem e podiam ter tocado só para o atrofio. Melhor concerto da minha vida. Não há muito para dizer, apenas que fui feliz durante os 5 min que pareceu ter durado o concerto. Para a próxima estou certamente lá, espero que não demore demasiado que o meu coração gostou de explodir.

É, não tenho jeito para reviews, mas o que se vai fazer?